Metris, a van média da Mercedes-Benz para o mercado norte-americano, conhecida com Vito na Europa e na América do Sul, tem saboreado nos Estados Unidos o sucesso que não conseguiu obter no Brasil e a Argentina, país onde a van foi produzida 2015 e 2018 na mesma unidade que até hoje fabrica a linha Sprinter.
Produzido na Espanha, com possibilidades de ser fabricado nos EUA, dependendo do volume de vendas, o veículo conta com itens que não chegaram a ser disponibilizados no mercado brasileiro.
Assistente de vento lateral e sistema que alerta do motorista ao detectar sinais de sonolência (itens presentes na nova Sprinter vendida que será vendida no Brasil a partir de abril próximo) são alguns exemplos.
Já para a nova linha Metris 2021, que será comercializada esse ano, são esperados transmissão automática de 9 velocidades, alerta de colisão e frenagem automática.
Outros equipamentos previstos para a nova versão são espelho retrovisor digital que mostra imagem da câmera de ré, controle de cruzeiro adaptativo que automaticamente coloca a van no mesmo ritmo do tráfego, além de assistente de ponto cego.
A lista de atualização inclui também tela touch screen de 7 polegadas e mudanças no design e melhorias internas tanto na versão de carga quanto de passageiros.
Menor que as vans da família Sprinter e Ford Transit, e maior do que os principais concorrentes – Ford Transit Connect e o Nissan NV 200, o Metris com seus 5.140m de comprimento e 5.182 metros cúbicos para carga e capacidade para transportar até 1.100kg de carga útil surfa praticamente sozinho no mercado em seu segmento no País.
Seu nicho de mercado está nas empresas que precisam de veículo maior que os seus concorrentes, porém não tão grande quanto a Sprinter, Transit ou outros modelos da mesma categoria, vistos como caminhões. Ano passado, as vendas do Metris nos Estados Unidos atingiram 7.956 unidades, uma alta de 9% em relação ao resultado de 2018.
Falhou no Brasil
Apesar de ser um veículo comercial com PBT de 3.050kg, sendo 1.225 kg de carga líquida, e versátil em razão de seu tamanho, o que lhe garante diversas vantagens em diferentes aplicações, o Vito não pegou no mercado brasileiro. Lançado aqui no segundo semestre de 2015 para disputar uma fatia do espaço deixado pela Kombi, começou a ser vendido em dezembro daquele ano deixou de ser comercializado em 2018.
A Mercedes-Benz apostava na versatilidade do furgão Vito como o veículo ideal para diversas aplicações, principalmente naquelas em que os modelos Sprinter encontram restrições de altura por serem de maior porte. O leque de clientes para o produto incluía transportadores autônomos, micro, pequenas e médias empresas, além de outros tipos de empreendedores.
No primeiro mês de vendas, em dezembro de 2015, foram negociadas 115 unidades. O preço sugerido no País era R$ 104.980,00, sem aparelho de ar-condicionado, com o qual havia acréscimo de R$ 5.000. Entre as suposições que levaram a Mercedes-Benz a deixar de vender o veículo no Brasil constam preço alto e falta de equipamentos, mas o fato é que apenas após três anos no mercado o baixo volume de vendas levou à interrupção da produção na Argentina e das vendas no mercado brasileiro.