No trabalho de seduzir os transportadores também estão os fabricantes de motores. A Scania e a Mercedes-Benz fabricam os próprios motores. Volvo fabrica os propulsores da família F (FH, FM e FMX) e compra de um fabricante independente o da família VM (MWM International). A Iveco compra da FPT Industrial, empresa do grupo CNH Industrial, do qual também faz parte. O mesmo ocorre com a DAF que usa motores Paccar, grupo proprietário da marca holandesa. A Ford tem Cummins e FPT como fornecedores e MAN Latin America, que fabrica os caminhões da própria marca e da Volkswagen, utiliza motores fornecidos por Cummins, MWM e também da própria marca.
Portanto, uma competição assim só pode gerar benefícios aos transportadores. O benefício vem em motores desenvolvidos para serem mais potentes e eficientes. É o que acaba de comprovar a FPT que, na esteira do lançamento do novo Iveco Tector 150E21 Economy, lançou o seu novo motor N45 da família NEF.
Ele é uma evolução de um motor 4 cilindros de 3,9 litros aumentado para 4,5 litros. Com isso, houve um ganho de potência, agora de 206 cv e 71,99 rpm. Quando equipado em caminhões na faixa de 15 toneladas de PBT (Peso Bruto Total), ele passa a colocá-lo como o veículo como o mais potente da categoria no Brasil, como é o caso do Iveco Tector 150E21. Os seus dois principais concorrentes, o VW 15.190 e o Ford Cargo 1519, têm potências de 186 cv e 190 cv, respectivamente. Segundo a FPT, o motor N45 também ficou 7% mais econômico em relação à geração anterior.
Assim como a maioria dos motores a diesel, o NEF N45 está equipado com um sistema de injeção common rail de segurada geração com 1 600 bar. Já, um dos seus diferenciais, mas não chega a ser uma exclusividade, é o turbocompressor com um rotor em alumínio forjado e usinado. A engenharia da empresa garante que essa característica assegura melhor desempenho, maior confiabilidade e durabilidade.
