Scania estuda “fator humano” na condução autônoma

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Cada vez mais fabricantes automotivas vêm aderindo a ‘corrida’ em busca da inovação tecnológica. Recentemente, a Scania divulgou que, junto a outras 29 empresas, de 11 países, formou um bloco de pesquisas internacional — intitulado ADAS&ME –, que tem por objetivo estudar de forma abrangente a interação entre seres humanos e os veículos autônomos do futuro.

Mais especificamente, o ADAS&ME vai estudar o condutor e entender como suas emoções (raiva, tristeza e euforia) ou condições físicas (cansaço) podem afetar a interação e dirigibilidade do veículo. Para detectar tais sintomas e condições, o conglomerado vai testar tecnologias e sensores que podem detectar sinais corporais, como pupilas dilatadas, mudanças na temperatura corporal e alterações na direção do olhar do motorista. 

“Temos sistemas que nos ajudam a economizar combustível, a proteger o meio ambiente e para evitar obstáculos na estrada. Mas, até agora, o componente humano, de condução autônoma, não tem tido a atenção necessária. Esta pesquisa vai nos ajudar a descobrir as capacidades e constrangimentos que as pessoas têm, e como se relacionam com o sistema técnico”, afirma Stas Krupenia, engenheiro da Scania.

Os trabalhos começam em setembro deste ano e serão liderados pelo VTI (Instituto Nacional Sueco de Pesquisa em Estradas e Transporte). Além da Scania, a Ford é outra fabricante automotiva a participar das pesquisas, que custam 9 milhões de Euros e serão financiadas por uma instituição europeia de fomento à pesquisa.