Nos primeiros dois meses do ano, a venda de caminhões teve o incremento de 10,73% no Brasil. Dessa forma, em janeiro e fevereiro, as concessionárias faturaram 17.922 unidades frente às 16.186 vendas realizadas no mesmo período no ano passado.
Do mesmo modo, os dados são positivos quando se compara o segundo mês deste ano com igual período no ano passado. Ou seja, em fevereiro as marcas emplacaram 8.752 unidades. Porém, em fevereiro do ano passado foram 8.195. Assim, este ano apresentou crescimento de 6,80%.
LEIA TAMBÉM: Iveco celebra 60 mil unidades do Daily produzidas no Brasil
Porém, há retração quando se compara as vendas de janeiro com fevereiro. Em outras palavras, no primeiro mês do ano, as marcas emplacaram 9.170 unidades. O que ocasionou a queda de 4,56% nas vendas.
Para Fenabrave, resultado é efeito Fenatran
Conforme o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, embora fevereiro tenha apresentado retração em relação ao mês de janeiro, o segmento de caminhões vem mantendo a tendência de crescimento para 2025.
“O efeito Fenatran tem sido claro neste início de ano, com a confirmação dos pedidos realizados na feira. E, embora haja certa preocupação com o aumento da taxa de juros, há expectativa de se manter um bom desempenho em função da safra agrícola”, diz Junior.
Com juros altos, transportador começa a rever a compra de caminhão
Todavia, mesmo com a promessa de uma safra recorde, na ordem de 322 milhões de toneladas, há empresários de transporte que não enxergam um mercado aquecido neste ano como em 2024. Compras para atender o setor agro que deveriam ser feitas até o final do ano passado, não foi aquecida como se esperava.
Nesse sentido, o diretor comercial da Volvo Caminhões, marca que mais fatura caminhões pesados no Brasil, informou em entrevista ao podcast Vozes do Transporte que alguns clientes que inclusive fizeram compras na Fenatran estão voltando atrás. Pedindo inclusive para postergar algumas aquisições.
Esse comportamento tem a ver com a alta na taxa de juros (Selic) que passou para 13,25%. O que vai impactar o financiamento de novos veículos, bem como ocasionar dificuldade de crédito para algumas empresas.
Confira a entrevista a seguir: