Volvo FM: adequado para operações com 3 eixos

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Quando a Volvo renovou sua família de caminhões F 2015 (FH, FM e FMX), no final de 2014, aproveitou também para ampliar a gama FM, considerada intermediária, já que fica entre a linha FH e a de semipesados VM. A novidade no trem de força no FM foi o motor de 380 cv de potência, voltado para um transporte de menor exigência em velocidade média e peso. 

Nas configurações de eixos 4×2 e 6×2 trator, ele atende o transporte de encomenda, cegonha, sider, baú, carga volumosa de médias distâncias rodoviárias etc. Para tanto, dispõe de uma série de equipamentos que o afiança como uma interessante ferramenta de trabalho.

Exemplo disso são as possibilidades de distâncias de entre-eixos que oferece a versão 6×2 avaliada pela TRANSPORTE MUNDIAL. São 3.000 mm e 3.200 mm e as direcionadas para cargas mais volumosas de 3.500 mm e 3.700 mm. A curingona do transporte, sobretudo no varejo, graças à versatilidade é a 3.000 mm, que pode receber implementos de até 15,5 m para 30 pallets. Nessa configuração oferta as relações 3,08:1 e 3,40:1.

O caminhão é equipado com motor Volvo de 13 litros D13C380, que desenvolve 380 cv de 1.400 a 1.900 rpm, um propulsor equilibrado, sendo capaz de gerir os 194 mkgf de torque entre 1.000 e 1.400 rpm. Este é o maior torque da categoria. Trata-se de um motor preparado em bloco de 6 cilindros em linha com 12,8 litros de capacidade volumétrica e que trabalha em combinação perfeita com a transmissão I-Shift de 12 velocidades automatizada.

A caixa de câmbio inteligente não é de série nesse veículo, porém, assim como o FH, ela está presente em cerca de 95% dos unidades encomendadas pelos clientes. De série, a Volvo oferece a caixa manual VT2214B também de produção própria. O eixo traseiro é a RSS1356.


O freio-motor é o VEB de 410 cv de potência de frenagem – este, o maior da categoria, que, dependendo da operação, pode fazer a diferença na segurança. E, independente da operação, é o maior auxiliar no ganho operacional por causa da redução de custos com o sistema de freios convencional, maior durabilidade das sapatas e tambores e menos paradas para manutenção.

Ainda com relação à segurança, dispõe de controle de tração, piloto automático inteligente, e ainda pode receber sensor de ponto cego e outros itens de segurança ativa, atendendo, sobretudo, clientes que transportam produtos perigosos. O freio estacionário é de acionamento elétrico.

PLURAL
Para o frotista, a boa nova é a versatilidade por compartilhar dos mesmos componentes do FH, inclusive o trem de força. Isso também garante fácil acesso a peças e serviços no mercado de manutenção – o FH é o caminhão pesado mais vendido no mercado. Vale ressaltar que completa a gama FM a versão com motor de 370 cv, oferecida ao mercado na versão rígida com tração 4×2, 6×2 e 8×2.


Oferecido nas opções de cabine leito teto baixo e teto alto, com a chegada da nova potência, a Volvo também promoveu significativas melhorias a bordo do habitáculo. O painel foi renovado, sendo a ergonomia seu maior atributo, já que os instrumentos estão mais acessíveis e visíveis ao motorista. É um painel curvo como o do seu irmão maior, valorizado pelo  excelente acabamento, que traz conforto a quem está a bordo.

A cabine possui suspensão a mola e o banco do motorista suspensão pneumática, dando um conforto a mais para o condutor. O veículo também possui altura menor em relação ao solo, com o centro de gravidade mais baixo, para atender operações com limitação de altura. Esse recurso comprometeu um pouco o espaço a bordo, já que o túnel do motor ficou mais elevado. Apesar do túnel do motor invadir parte da cabine, este é bem vedado, pois o ruído é mínimo a bordo. Vale destacar a facilidade para acessar a cabine, o que faz bastante diferença em operações em que há constantes entra e sai.


O volante é multifuncional e dele é possível acessar o piloto automático, comandar o rádio com Bluetooth, celular e o computador de bordo. O airbag e a câmera de ré são opcionais, assim como em toda a gama F. O rádio agrega entrada para CD na versão básica e na mais completa traz tela de LCD maior e funções multimídia. A cabine dispõe de sistema de luz de leitura em LED, para-sóis laterais, vidro e trava elétricos.

ZONA VERDE
A facilidade do motor para ganhar força permite que o motorista trafegue em boa parte do tempo na faixa verde. O giro baixo, mesmo numa marcha mais prolongada, se dá graças à força do motor, capaz de mover o veículo mesmo carregado.

UMA CATEGORIA A EXPLORAR
Mais novo a participar desse segmento é o DAF CF. Recém-chegado ao Brasil, o modelo configurado 6×2 é o DAF CF85 FTS. Possui motor Paccar MX de 12,9 litros com potência de 360 cv de 1.500 a 1.900 rpm e torque de 181 mkgf  de 1.050 a 1.410 rpm.


De série, dispõe de  transmissão automatizada ZF As-Tronic de 16 velocidades. Conta com duas opções de cabine, a Sleeper teto baixo e a Space Cab teto alto – ambas leito. Pode receber cama simples ou beliche, e oferece diferentes combinações de spoilers, ar-condicionado, preparação para climatizador de teto, controlador de velocidade e sistema de alto-falantes, entre outros. 

Outro competidor é o Scania G 360 6×2. Esse concorrente também sueco oferece uma única versão de cabine leito. Ele também conta com a versão Streamline, que promete reduzir em até 4% o consumo de combustível em comparação a um modelo convencional Euro 5. De série, o modelo também é equipado com caixa Opticruise de quarta geração de 14 velocidades e que agrega diferentes modos de condução.

STREAMLINE 2013

O Driver Support, uma espécie de “professor” em tempo real, ajuda o motorista a melhorar a condução durante a viagem. O freio retarder é opcional nesse veículo que se destaca pelo motor DC 13, de 12,7 litros, com potência de 360 cv a 1.900 rpm e torque de 188,7 mkgf de 1.100 a 1.300 rpm.

A Mercedes-Benz dispõe do Axor 2536 com configuração de eixo 6×2 tanto na versão Estradeiro como Multiuso que se diferem basicamente pelo entre-eixos. Como o estradeiro possui versões configuradas com suspensão a mola e pneumática, ele tem mais opções de entre-eixos.


É ofertado com motor Mercedes-Benz de 12 litros e 6 cilindros que desenvolve potência de 360 cv a 1.900 rpm e torque de 188,6 mkgf a 1.100 rpm. A transmissão, de série, é a Powershift de 12 velocidades, sendo na versão Estradeiro, equipada com caixa com última marcha direta e eixo traseiro sem redução nos cubos. Já a versão Multiuso é equipada com transmissão automatizada com a última marcha Overdrive e eixo traseiro com redução nos cubos. 

Outro modelo que não chega a ser considerado um concorrente direto — pois a sua cabine é inferior e o torque do menor bem mais baixo —, é o Volkswagen Constellation com potência 25.360 6×2. O modelo de entrada está equipado com motor Cummins ISL de 9 litros, com potência de 360 cv a 2.100 rpm e 163 mkgf de 1.200 a 1.400 rpm de torque.


Assim como o modelo da Volvo, a transmissão oferecida de série é a manual ZF 16S 1585 TD, de 16 velocidades. Há opção do 25.360 V-Tronic, com câmbio automátizado ZF de 16 velocidades. Há opção de cabine leito teto alto e baixo.
A Iveco possui o Stralis 530S36T configurado 6×2, porém, apenas por encomenda. De prateleira a fabricante de origem italiana oferece o Stralisversão 600S40T também trucado, com potência de 400 cv.