O ano era 1995, a Scania-Vabis acabara de ser dissolvida, e a Scania tornava-se, novamente, uma empresa independente. Pouco depois, em 1998, um lançamento agitou o mercado. Entrava em cena a Série 4 de caminhões, até hoje lembrada pelo design arrojado e pelo conforto da cabine, principalmente na versão bicuda (T).

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A Série 4, diga-se de passagem, foi um sucesso. Mas a missão dela não era considerada fácil, já que iria suceder a famosa Série 3 — que teve como protagonista o T 113 —, até então a série mais vendida de caminhões Scania no Brasil.

A produção dos veículos 4-Series, como era chamada, teve início no Brasil em fevereiro de 1998, dois anos após estrearem no mercado Europeu. Para a chegada dos caminhões, a fabricante mudou também a forma como os produzia.

Entrava em cena, então, o conhecido Sistema de Produção Modular Scania, capaz de empregar um número variado de componentes em diversas combinações e versões de caminhões, tudo ao gosto ou à necessidade do cliente.

A nova geração de caminhões trouxe também novidades visando oferecer mais segurança, conforto, desempenho e durabilidade de componentes em relação à série antecessora, como o Retarder, sistema de freio auxiliar que oferece mais segurança na operação e suspensão a ar.

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Nem só de caminhões era composta a Série 4. Em maio daquele mesmo ano, eram lançados os ônibus, com destaque para os veículos urbanos com piso baixo e sistema de ajoelhamento para facilitar o embarque e desembarque de passageiros.

Ainda sobre os caminhões, foco da nossa lembrança nesta edição, a Série 4 trouxe também os novos motores eletrônicos de 12 litros, no lugar dos propulsores de 11 litros da geração antecessora. Os motores eram oferecidos nas potências de 360 cv, 400 cv e 420 cv, indicados, principalmente, para as composições: cavalo mecânico, carretas ou bitrens, com PBTC (Peso Bruto Total Combinado) de 40 t a 57 t, em operações de transporte de longa distância.

A adoção da motorização de 12 litros trouxe também ferramentas para melhor gerenciamento e controle dos veículos, como piloto automático, controle de tração, computador de bordo e limitador de velocidade.

2001 HORIZONTES

O reinado da Série 4 no portfólio Scania teve fim no ano de 2007, quando o Brasil recebeu as novas cabines P, G e R, que ainda são fabricadas nas linhas de montagem da marca. A mudança revelou também um novo fenômeno de vendas da Scania, o R 440, que foi o caminhão que mais colaborou para que a linha R tomasse da Série 3 o posto de mais vendida da marca no Brasil. Mais estilosa que a Série 3, ainda que menos vendável, a Série 4 deixou saudade nos scaneiros.