Aerodinâmica é ponto forte da nova cabine Mercedes-Benz na Europa

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A aerodinâmica da nova cabine Mercedes-Benz foi desenvolvida com forte apelo à redução do consumo. São três versões, a Stream, Big e Giga Space. Um dos aspectos mais destacados no design é a capacidade de minimizar a resistência do ar, o que aumenta a eficiência do caminhão em percursos de longas distâncias.

Actros L, movido a diesel, é o primeiro caminhão Mercedes-Benz equipado a nova cabine na Europa

Segundo Marcos Andrade, gerente sênior de Marketing de Produto Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, apesar do desenho futurístico, essa nova cabine tem as dimensões parecidas com a cabine atual, porém 9% mais aerodinâmica e capacidade de proporcionar 3% de redução de consumo. Apesar de ter se tornado conhecida em todo o mundo com a chegada do eActros 600, ela também irá a equipar modelos a diesel a partir de 2025.

De acordo com Andrade, a aerodinâmica e detalhes, que otimizam o fluxo de ar e melhoram a aerodinâmica, fazem diferença no ganho de consumo com essa cabine. Afinal, a aerodinâmica é um dos quesitos bastante valorizados na Europa, especialmente porque os caminhões viajam em velocidade média elevada, entre 70 e 90 km/hora. Além disso, segundo Marcos Andrade, a partir de 2025 câmeras no lugar de espelhos retrovisores serão item de série na Europa.

Piso plano e maior altura do solo

Outro ponto diretamente ligado à economia de combustível são as condições de rodagem encontradas nas rodovias europeias. Essas características  permitem  a operação com caminhões mais rebaixados, que também contribui para redução de consumo. “No entanto, o piso interno plano das cabines é 16,5 cm mais alto em relação ao solo, comparado com as brasileiras”, complementa.

Altura da cabine

No Brasil a altura entre o solo e a cabine é maior por causa das condições das rodovias, cabeceiras de ponte etc. Outro ponto citado por Andrade nos caminhões europeus é a suspensão a ar na frente e na traseira. “Aqui, diante das condições críticas das rodovias com as rodovias as molas metálicas contribuem para evitar eventuais danos à cabine. 

Por fim, ele observa que o ganho com a aerodinâmica do caminhão é exponencial. No entanto, acrescenta que se fizer um paralelo com as características do não se consegue o mesmo resultado da Europa em termos de redução de consumo. Ele destaca a baixa velocidade média dos caminhões como um dos motivos.