Quem será líder do mercado no total de vendas e por segmento em 2020? Nesta análise do mercado de 2020 conheça o resultado acumulado até novembro. Algumas posições estão definidas, outras vai depender do desempenho de venda e emplacamento de novembro e dezembro.
Na tabela abaixo, temos o total de caminhões novos emplacados de janeiro a novembro de 2020. Para analisarmos os números, devemos fazer algumas considerações (são critérios da Anfavea, associação dos fabricantes, e não existe critério justo, existe o combinado).
1 – As marcas full line (Mercedes-Benz, Volkswagen e Iveco que contam com produtos para todos os segmentos) devem ser vistas de forma separada das outras, e isso, vamos fazer em posts separados por segmento.
2 – Os emplacamentos de caminhões rígidos não representam as vendas do mês passado, mas daqueles que, após vendidos, tiveram o implemento rodoviário instalado, pois, somente após isso que recebe o registro do Detran. Já os cavalos mecânicos já representam mais as vendas do mês passado.
3 – A tabela é de emplacamentos de caminhões. Então, modelos até 3.500 kg de PBT, considerado pela legislação como camionete — como Sprinter 314, VW Delivery Express e Daily 30-130 e 30-150 — não estão contabilizados na mesma estatística de caminhões.
Emplacamentos com dados da Anfavea e Denatran, de janeiro a novembro de 2020
Números que chamam a atenção por marca:
Mercedes-Benz – Teve queda de 7%, no entanto, em comparação com o mercado total de caminhões que caiu 13,9%, é um resultado bom para um ano como 2020. Vale destacar que, no segmento de vans, a marca cresceu 7,1%, com 1.911 unidades vendidas da Sprinter. Isso, sem considerar as versões 314 Street, pois entram em outra estatística.
Volkswagen – Também, considerando o resultado do mercado total, a VWCO (Volkswagen Caminhões e Ônibus) teve um resultado muito melhor do que o imaginado no início da pandemia. Além disso, a VW cresceu 7,1% no segmento de caminhões semipesados, o setor que menos teve queda durante a pandemia.
Volvo – Deve ser analisada considerando apenas os segmentos de pesados e semipesados. Assim, na linha VM, a marca chega nesta reta final com queda de 5,0%, um pouco acima da média de 4% da categoria. Com os modelos da família F (FH, FM e FMX), a Volvo teve queda de 12,4%, enquanto a somada de todas as concorrentes, a queda foi de 16,7%, média puxada para baixo pela Scania que não teve um desempenho bom este ano.
Scania – A redução de vendas da Scania foi de 38,3% no segmento de caminhões pesados, contra queda de 16,7% na soma de todas as marcas, crescimento de 22,9% da DAF, e perda de mercado inferior a média das outras marcas. Então, o problema não é o mercado, pois os números são muito diferentes. Pode ser realinhamento de preço, produção etc. Menos por causa do mercado.
Iveco – Depois de muitos anos de investimento e lutas, a fabricante do Grupo CNH Industrial parece que começa a viver um outro momento. Crescimento de 28,5% no volume total (sem considerar os modelos Daily até 3.500 kg, o que faz o número ser mais positivo), a marca cresce 54,3% com a linha Tector no segmento de semipesados, cresceu 316,5% nos médios, 110,1% nos leves e 67% nos semileves (tudo bem que a base de comparação é baixa). Mas para um ano de crise como 2020 e com as dificuldades dos anos anteriores, pode se dizer que a Iveco vive um recomeço.
DAF – Não tem muito o que comentar sobre a DAF Caminhões, pois desde que começou a fabricar e vender caminhões só há festa em Ponta Grossa (PR). Crescimento ano após ano.
Ford – Como a produção acabou, apesar da marca Ford Trucks (tem artigo que detalha isso aqui no site) continuar em mais de 50 países no mundo, os números de emplacamentos são de modelos em estoques e por razões adversas demoraram ser emplacados.
Hyundai – O foco é automóveis e SUV.
Agrale – Focada em tratores, chassis de ônibus e no Marruá.
