O Antos tem chamado a atenção do transportador europeu devido à sua polivalência na distribuição pesada. Contudo, transita perfeitamente nas rotas rodoviárias.
Apesar de ter sido lançado para substituir o Axor no velho continente, a cabine do Antos foi desenvolvida a imagem e semelhança dos habitáculos do Actros, com a diferença de altura e de detalhes de acabamento.
A corpulência do Antos é marcada pela sua largura de 834 mm, altura de 2 300 mm e um espaço e acabamento que permite abrigar com conforto o condutor.
Os modelos Antos estão disponíveis nas versões cavalo-mecânico, com uma variedade de distâncias de entre-eixos, assim como versões rígidas com até 11 configurações distintas que pode ser tanto de arquiteturas de motor como de eixos.
Basicamente esta é a fisionomia que apresenta o Antos 2543 6×2, que tem distância de entre-eixo de 4 600 mm e peso vazio de 10 720 kg. Nesta configuração de caminhão rígido com primeiro eixo direcional, o seu PBT (Peso Bruto Total) alcança 26 t.
No quesito mecânica, o modelo dispõe do bloco produzido pela Mercedes-Benz OM-470, uma bancada de 6 cilindros em linha, com capacidade interna de 10,7 litros, que desenvolve potência de 428 cv e torque de 210 mkgf a 1 100 rpm.
Faz parte do trem de força a transmissão automatizada Powershift 3, de 12 velocidades. Trata-se de uma caixa robusta e versátil, capaz de transitar pelas tarefas de distribuição urbana, assim como dispõe de ótima performance em operações estradeiras de curtas e médias distâncias. Para se ter uma ideia da versatilidade da caixa, caminhões estradeiros que cumprem rotas longínquas são equipados com ela.
NO COMANDO
Trata-se de um habitáculo que começa a chamar a atenção pelo acesso. Os três degraus são amplos e facilitam a entrada de um motorista, mesmo mais corpulento, à cabine – esta, por sua vez, atrai pelo amplo espaço interno com todos os comandos acessíveis ao motorista – alguns deles estão posicionados no volante multifuncional, o que privilegia a ergonomia e ajuda na segurança. O computador de bordo é de fácil interpretação, tudo é intuitivo.
Destaque para o conta-giros e o velocímetro, que ficam posicionados em destaque, em cada lateral do painel de informações.
Ainda se tratando de ergonomia, chama a atenção a localização da caixa de transmissão ao lado direito do volante. Seu uso é bem intuitivo, já que o desenho da alavanca apresenta nitidamente as letras D (drive), N (neutro) e R (marcha ré).
O Antos é desenvolto, na prática, e sem apuros, sua rotação gira entre 1 000 e 1 500 giros, margem suficiente para ultrapassar uma inclinação da pista, sem a necessidade de a Powershift recorrer a uma marcha inferior. Para se ter uma ideia, a uma velocidade máxima legal, entre 80 km/h e 90 km/h o motor chega a 1 300 rpm, com um consumo muito ajustado.
Outro item que rende boas notas ao conjunto da obra é o freio-motor, que nessa versão é combinado com um retarder hidráulico que pode ser acionado na mesma alavanca que se encontra a Powershift. Trata-se de um equipamento muito eficaz capaz de dosar a capacidade de retenção do caminhão.
Nas zonas urbanas, dadas às dimensões dessa configuração do 2543 rígido, ele conta com a ajuda do eixo direcional na parte traseira do veículo, sendo possível enfrentar o trânsito, sobretudo nas ruas mais estreitas.
Contudo, todos esses atributos do Antos 2543, o torna um veículo polivalente, capaz de oferecer soluções interessantes para as empresas do setor de distribuição, além de ser ágil no transporte rodoviário.