Após conviver com a crise econômica russa por três anos, o novo presidente do Banco Mercedes-Benz no Brasil de setembro passado, o alemão Christian Schüler fala à TRANSPORTE MUNDIAL sobre a sua percepção do mercado e economia brasileira em um ambiente de euforia que foi a Fenatran.
O executivo, que trabalha no mercado financeiro há 21 anos, chega no momento de bonanza e início de recuperação econômica após três anos da mais profunda crise e que tem o primeiro semestre deste ano como o fundo do poço. O Banco Mercedes-Benz é responsável pelo financiamento de 55% dos caminhões e 70% dos ônibus que são vendidos a prazo. Cerca de 20% dos modelos são vendidos à vista. Veja os principais pontos:
Retomada do mercado
“Em agosto de 2017, o Banco Mercedes-Benz financiou R$ 300 milhões, o que representou o melhor resultado dos últimos 21 meses. Este resultado foi 45% maior do que os negócios gerados no mesmo mês de 2016”.
Modalidade de financiamento
“O Finame continuará sendo a principal modalidade de financiamento, mas com a queda dos juros, o CDC também consegue ser bastante competitivo. Neste mês de Fenatran, por exemplo, estamos com taxas de juros de 0,79%, com 20% de entrada e o restante em 48 meses, sem valor residual. A promoção não é válida para os caminhões extrapesados da marca. O Banco Mercedes-Benz oferece ainda outras opções de financiamento para que os clientes possam adquirir os caminhões Mercedes-Benz: Finame TJLP (Taxas de Juros de Longo Prazo), Leasing Financeiro e Leasing Operacional.”
No Finame, o prazo de financiamento é de até 60 meses, com carência de até seis meses para os clientes que se enquadrarem nas regras definidas pelo BNDES. Já o Leasing Operacional funciona como um aluguel: o frotista paga somente pelo período de uso do bem, com a vantagem de ter parcelas pré-fixadas. Ou seja, o valor é igual durante toda a vigência do contrato, que pode ser de 24, 36 ou 48 meses.
Perspectiva para 2018
“Nesta ano, a nossa carteira de crédito deve fechar com crescimento de 10% em relação ao ano passado. Para 2018, seguimos com a mesma ideia já anunciada pelo Roberto Leoncini (vice-presidente de vendas, marketing peças e serviços da Mercedes-Benz do Brasil), que prevê crescimento de 20% do mercado como um todo.”