Coletivo de Respeito é a campanha da Mercedes-Benz contra assédio em ônibus

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A Mercedes-Benz lançou na manhã desta segunda-feira (17) uma campanha contra assédio em ônibus. Trata-se do Coletivo de Respeito, primeira ação que faz parte do Movimento A Voz Delas em ônibus.

Dessa forma, empresas de ônibus tanto do transporte urbano como rodoviário, e que apoiam o movimento, passam a contar com adesivos nos veículos chamando a atenção para o problema. Ademais, um QR Code estará exposto para que as vítimas de violência possam fazer a denúncia de seu abusador, tão logo o crime ocorra.

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Já que muitas mulheres se sentem envergonhadas e inseguras em chamar a polícia, o QR Code leva a vítima direto para o canal do Projeto Justiceiras. Trata-se de um projeto que visa oferecer todo apoio e encaminhamento às mulheres vítimas de violência de todo o tipo.

Para isso, o Projeto Justiceiras conta com mais de 15 mil mulheres voluntárias. Há médicas, advogadas, donas de casa e diversas profissionais que ajudam oferecendo rede de apoio às mulheres agredidas.

Mas mais do que isso, o Projeto Justiceiras facilita o acesso ao sistema de justiça. Bem como à rede de proteção para todas as mulheres vítimas. Presente em mais de 20 países, desde o seu lançamento, há três anos, o Justiceiras atendeu mais de 13 mil mulheres.

Mercedes-Benz quer mais parceiros

Seja como for, a Mercedes-Benz quer trazer mais parceiros para a campanha Coletivo de Respeito. Assim, além das empresas de ônibus, outros modais do transporte coletivo também devem aderir à campanha, como trens e metrô de São Paulo e Minas Gerais. Assim como o BRT do Rio de Janeiro.

Todavia, a equipe interna de voluntários na Mercedes-Benz do Brasil, com 22 líderes de todas as diretorias da empresa, vai responder pelas ações diretas do Coletivo de Respeito. Nesse sentido, a fabricante da estrela vai contribuir com R$ 1,4 milhão. Mas sem envolvimento de valor monetário. E sim contribuindo com associações e governanças do projeto.

O Coletivo de Respeito conta com a contribuição financeira de R$ 1,8 milhão da DEG, subsidiária da KfW Bankengruppe da Alemanha. Ou seja, um dos bancos de fomento líderes e mais experientes do mundo. Do mesmo modo, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK São Paulo) deu todo apoio ao processo de condução e aprovação do projeto.

Além disso, estão previstas doações de cerca de R$ 300 mil de parceiros. Entre eles, Assobens, Basf, Fabus, Mirow, NTU, Rödl & Partner e T-Systems.

Brasil é o 5º país que mais agride mulheres

Dados apresentados pelo Projeto Justiceiras mostram que a cada sete segundos uma mulher sofre algum tipo de violência no Brasil. Do mesmo modo, 97% das mulheres que usam o transporte público no Brasil já sofreram algum tipo de assédio. E nenhuma dessas vítimas fazem denúncia.