Projeto quer acabar com venda de caminhão e ônibus diesel no Brasil

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Ainda como proposta, o Projeto de Lei 295/2023, quer proibir a venda de veículos com motor a combustão a partir de 2035. Dessa forma, incluindo caminhão e ônibus novos movidos a diesel. De autoria do deputado federal, Capitão Alberto Neto (PL/AM), o PL foi apresentado recentemente na Câmara dos Deputados em Brasília.

Seja como for, de acordo com o PL, os fabricantes só poderiam comercializar veículos híbridos ou de tração 100% elétrica. Ademais, a medida vale também para veículos importados.

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Caminhão tem mais prazo

Entretanto, há prazos para atingir tais metas. O primeiro começaria em 2035. Em que 100% dos veículos leves como motos, automóvel e os utilitários zero km passariam a ser elétricos.

Na segunda etapa, refere-se aos pesados. Ou seja, também em 2035, 50% da frota de micro-ônibus, ônibus, caminhões e tratores teriam de ser movidos a bateria. Passando para 100% em 2045.

Os veículos comerciais, como caminhões e ônibus, entrariam de forma gradual, devido a necessidade de infraestrutura de recarga. Sobretudo, nas operações rodoviárias.

Conforme o documento, a justificativa para o Projeto de Lei visa reduzir os impactos climáticos causados pelo uso dos combustíveis fósseis. Além disso, segundo o PL, países da Europa já estão com metas bem avançadas com relação à redução de emissão.

A reportagem da Transporte Mundial procurou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea) para falar sobre o tema. Por ora, a entidade não quer comentar o PL.

São Paulo quer ônibus elétrico

O Projeto do deputado federal não é o primeiro do gênero. Nesse sentido, no final de 2022, a prefeitura de São Paulo determinou que as empresas de ônibus da capital passariam a fazer aquisições de veículos 100% elétricos.

Dessa forma, até o final de 2024, a cidade teria de ter 2,6 mil ônibus movidos a bateria em circulação. No entanto, até o momento, segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), um pouco mais de 1.100 veículos elétricos foram encomendados.