Nos anos 1970, a Mercedes-Bez lançou aqueles que seriam um dos seus maiores sucessos de vendas: os caminhões semipesados L-1313, L-1513 trucados e o L-2213 traçado. Destaque para o representante 6×4, o LB-2213, que chamou a atenção pelo motor com tecnologia de injeção direta, o OM-352 de 6 cilindros em linha, com potência de 130 cv. Trata-se de um motor remodelado, que na época se tornou 15% mais econômico. Esse aumento da economia de combustível se deu graças ao cabeçote desenvolvido na época, além dos bicos, e injetores, pistões e anéis, todos aperfeiçoados e redimensionados.
A boa nova foi a redução do número de anéis dos pistões, diminuindo atrito e gerando menor desgaste. No 2213, esse motor se harmonizava em trabalho com a transmissão ZG-500, cujo acionamento da reduzida era feito por ar comprimido, simplesmente girando um botão seletor. Essa caixa era indicada para operações que exigiam mais torque, como o transporte de cana-de-açúcar e madeira.
Como esses caminhões frequentemente trafegavam por terrenos irregulares, esse veículo foi equipado com chassi de alta resistência à flexão e com boa capacidade de torção. A suspensão dianteira, formada por feixes de molas, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora, adaptava-se perfeitamente não só às estradas, mas também às cargas que transportava. A suspensão traseira, em tandem do tipo bogie, com feixe de molas de cada lado, articulado ao chassi por um único ponto central, possibilita maior oscilação das rodas e, por consequência, melhor aderência ao solo, mesmo em terrenos irregulares. No que se refere à segurança, o modelo era dotado de freio-motor acionado por ar comprimido.
O L-2213 possuía as opções de 4 200 mm (+ 1 300) e 4 830 (+1 300) de distância de entre-eixos. Com isso atendia as mais diversas operações de transporte além de acondicionar elevada carga útil. Entre as operações, o L-2213 se destacou na siderurgia, transporte de máquinas, bobinas e papel, materiais de construção, líquidos em geral, entre outros.
Razão de o modelo ter sido ofertado nas versões LK, em que era equipado com tomada de força na caixa de mudanças, com capacidade de carga útil de até 9 m³ (adequado nas operações em obras e minérios) e LB com tomada de força para acionamento em betoneiras, de série. Para os padrões da época, a cabine era considerada espaçosa, mas o que a destacava era a ampla área envidraçada. A suspensão da cabine com coxins de borracha na dianteira e feixes de molas semielípticas e amortecedores hidráulicos na traseira servia para suavizar os efeitos das vibrações.