Ranger XLT: intermediária com alma topo de linha

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Autor das imagens: Motorpress

O ano de 2016 pode ser considerado como o das picapes. O segmento, além de ganhar duas concorrentes intermediárias (Toro e Oroch), ainda conta com quatro modelos renovados: Chevrolet S10, Mi­tsubishi L200, Ford Ranger e Toyota Hilux, que, apesar de ter sido lançada em 2015, teve maior volume de vendas neste ano.

ranger xlt

Com tantas concorrentes de peso, a Ranger 2017 busca uma maior participação de mercado nas picapes médias, com a missão de se tornar ainda mais atraente ao consumir e diminuir a vantagem das concorrentes Hilux e S10, que ocupam, respectivamente, a primeira e a segunda colocações em vendas na categoria.

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Com 10 307 picapes emplacadas até agosto, a Ford quer mais do que apenas a terceira colocação no segmento e, apostando alto em seu produto, a fabricante promoveu facelift na gama, que ganhou visual renovado e itens de segurança,  que fizeram da linha uma das mais seguras entre as picapes brasileiras.

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Para conferir de perto as mudanças que a Ranger reestilizada traz, TRANSPORTE MUNDIAL testou a versão intermediária XLT, com tração 4×2, que oferece um bom pacote de equipamentos e tecnologia que tornam a opção intermediária muito próxima da versão topo de linha da gama, a Limited. No quesito design, a Ranger 2017 está com visual mais atraente, com destaque para a dianteira do modelo, que, renovada, recebeu grade de formato trapezoidal cromada, mudanças nos faróis e capô, com linhas que tornaram o visual da picape mais sofisticado e imponente.

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Para justificar o papel de picape segura, toda a linha recebeu, de série, sete airbags (frontais, laterais, cortina e joelhos para o motorista). Controle de estabilidade e tração, monitoramento da pressão dos pneus, assistente de partida em rampa, câmera e sensores de ré, chamada de assistência de emergência e travamento central das portas são alguns dos itens de segurança que a picape traz de série.

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Entre os itens de conforto, a picape também não deve muito à versão Limited, com ar-condicionado de duas zonas e automático, retrovisores rebatidos eletricamente, bancos e volante revestidos de couro. O Sync 2 (central multimídia) está ainda mais funcional e agrega as tarefas do celular (chamadas e contatos), comando do ar-condicionado, multimídia (rádio, CD player, USB e MP3) e navegador GPS.

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NA ESTRADA

No geral, a Ranger 2017 se apresenta com desenvoltura nas rodovias. No coração da picape pulsa um motor 2.5 flex de 173 cv de potência (etanol) e torque de 24,9 mkgf. No teste, a Ranger recebeu 500 kg de carga e estava com três passageiros a bordo. Rodando com gasolina, a picape registrou 7,6 km/l (estrada) e 5,5 km/l (cidade).

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Apesar de se mostrar valente na arrancada, a picape demonstra perda de fôlego e, para realizar ultrapassagens na subida da Rodovia dos Imigrantes, se torna frequente a redução de marcha. O câmbio, manual de 5 velocidades, trabalha em harmonia com o motor e oferece trocas precisas.

Outro ponto forte da Ford Ranger é sua suspensão (independente na dianteira e feixe de molas atrás), que atravessa com facilidade diversos tipos de obstáculos nas cidades ou estradas, ainda que, como todo veículo alto, pule e chacoalhe durante a travesia por valas ou manobras em maior velocidade.

O interior do veículo é confortável para todos os ocupantes, que usufruem do bom espaço interno da picape. A posição de direção também é muito confortável, com banco e volante com regulagem de altura. Na caçamba, a Ranger pode transportar até 1 255 kg de carga ou 1 180 L de volume. Apesar de contar com freios a disco no eixo dianteiro e tambor no traseiro, com 500 kg de carga a picape não demonstrou dificuldades de frenagem, embora não seja tão eficiente quando vazia.

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Com mudanças pontuais e bons predicados, a versão intermediária da Ranger 2017 é uma opção para quem busca uma picape que agregue conforto, tecnologia, robustez e esteja sempre pronta para encarar uma operação na cidade ou na estrada.