Aos poucos a indústria de caminhões cresce ou retorna ao patamar mais próximo da realidade de um País com mais de 200 milhões de habitantes e 8.516.000 km2. Pelo menos no segmento de pesados os números confirmam isso. Em 2012, as montadoras emplacaram 10.303 caminhões pesados no primeiro trimestre. No mesmo período deste ano, foram 10.684 unidades. Pelas características do nosso País, com dimensões continentais, os modelos rodoviários foram, são e serão os principais veículos de nossa frota. E isso, mesmo que seja possível quintuplicar nossas ferrovias. É só olhar para os Estados Unidos, Rússia e China, países que têm as maiores malhas ferroviárias do mundo e, também, as maiores frotas de caminhões.       

Agora, no geral, os números ainda não chegaram no nível que deveria estar, mas podemos relativizar isso. Nos três primeiros meses de 2012, os departamentos de trânsito de todo País haviam lacrado 36.179 caminhões e, neste ano, 21.464. Porém, agora relativizando, naquele ano tínhamos artíficios do governo que impulsionavam demandas custeadas pelos contribuintes. Neste ano, temos uma demanda orgânica. Os transportadores compram caminhões porque precisam, não porque haja incentivos do BNDES.

E, se formos um pouco mais pragmáticos, deixando polêmicas inúteis de lado, os sinais da economia neste início de ano podem não ser os sonhados no final de 2018, mas são consistentes para apontar um futuro com perspectiva melhor do que tínhamos no período pré-eleição. Se os ministérios da Educação, Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e das Relações Exteriores são muito ruidosos, o da Infraestrutura tem feito o trabalho dele sem muita publicidade e muito importante para destravar a competitividade econômica brasileira e garantir uma infraestrutura para as próximas gerações.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).