Fabricantes se opõem ao programa de emissões Euro 7

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A Comissão Europeia quer introduzir novos padrões de emissões de poluentes, o Euro 7. A estimativa é que a norma entre em vigor, a partir de 1º de julho de 2027. Contudo, os fabricantes de veículos se opõem a essa iniciativa.

Isso ocorre porque, segundo os fabricantes, os atuais Euro 6 já atingem quase o que seria o limite possível. Com os atuais padrões Euro 6, a Europa já atende aos requisitos de emissão de NOx e material particulado mais rígidos do mundo. 

Ademais, são muitos recursos a serem investidos. Assim, encarecendo o preço final do produto.

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Nesse sentido, para efeito de comparação, veículos de passageiros como furgões e vans Euro 7, teriam de custar 2 mil euros mais caros para recuperar os custos de desenvolvimento. Ou seja, algo equivalente a R$ 10,6 mil. Para caminhões pesados ​​e ônibus o impacto seria maior ainda. Com custo adicional de cerca de 12 mil euros, ou R$ 64,2 mil.

Fabricantes se opõem ao programa de emissões Euro 7
Fabricantes já testam a tecnologia elétrica para longas distâncias

Investimentos em eletrificação

Ademais, o Euro 7 aumentaria o consumo de combustível em 3,5%. Dessa forma, a introdução do Euro 7, segundo especialistas, parece pouco producente.

Razão suficiente para oito países europeus não aceitarem a proposta. Como Itália, França, Hungria, República Checa, Polônia, Romênia e Eslováquia. 

Esses países propõem que os recursos que seriam investidos no desenvolvimento da Euro 7 sejam utilizados no desenvolvimento da eletrificação. Afinal, há muito ainda a se evoluir. Sobretudo com relação ao hidrogênio no transporte de longa distância.

Conforme publicado por Transporte Mundial,  o CEO da Iveco, Gerrit Marx, não aprova o fato de a União Europeia querer trabalhar na regulação de novos padrões. Assim, para Marx, essa regulamentação se torna “tecnicamente inviável”. Isso porque, segundo o executivo, custaria muito caro. E no momento, a indústria trabalha na tecnologia de emissão zero.

Para caminhões ​​e ônibus, o executivo diz que o hidrogênio pode garantir a descarbonização do transporte. Afinal, trata-se de um combustível renovável de emissão zero. 

Seja como for, a Comissão Europeia propôs uma redução de 90% nas emissões de CO2 até 2040. Isso em relação aos índices de 2019. Mas não proibiu o motor térmico para veículos pesados, por ora. 

Nesse sentido, a Iveco, assim como toda a indústria, trabalha no desenvolvimento de em um motor 80% a hidrogênio. No caso da Iveco, a marca trabalha com a tecnologia alimentada por motor a combustão.

De acordo com Gerrit, essa solução seria mais eficaz do que o Euro 7. Além disso, o hidrogênio é mais econômico em relação aos veículos elétricos com bateria a base de energia.