O resultado de um ano bastante competitivo

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O Brasil emplacou 137 073 caminhões no ano que encerrou 11,3% menos do que 2013. Mesmo sendo um resultado inferior, 2014 foi o quinto melhor ano da história. Foi um ano bastante competitivo entre as marcas, principalmente na disputa pela liderança entre as duas gigantes alemãs.    

A MAN Latin America, por 600 caminhões vendidos a mais que Mercedes-Benz, garantiu, por mais um ano, a sua liderança de mercado. Com 36 157 modelos emplacados, ela teve queda dentro da média do mercado total, de 11,5%. Já a Mercedes-Benz, apesar da queda de 6,8%, tem motivos para comemorar. Além de ter encostado na sua principal concorrente, cresceu 4,2% no segmento de caminhões pesados, o mais lucrativo da indústria.

A Volvo é outra marca que teve uma redução muito pequena em suas vendas (apenas 4,8%) e, de quebra, no final do segundo tempo, conseguiu colocar o seu modelo FH 460 como o líder dos caminhões pesados, apesar de ter apenas seis unidades vendidas a mais que o até então líder, o Scania R 440. Com crescimento de 17,4% no segmento de pesados e 82,2% no de médios, a Ford tem muito o que comemorar, mesmo que no total a marca tenha caído 4%, bem menos que os 11,3% da média.

Definitivamente 2014 não foi um ano bom para a Scania: teve queda de 28,1%, apesar do crescimento de 26,6% entre os semipesados, graças ao bem-sucedido P 310. Vale ressaltar que a Scania cresceu muito em 2013, tornando a sua base de comparação muito alta. O mesmo vale para a Iveco, com queda de 23,6%, apesar do crescimento de 48,9% nos médios, porém, um segmento de baixos volumes. A International cresceu 88,2%, com 954 caminhões vendidos. Mas, verdade seja dita, mais de 800 unidades do International DuraStar foram vendidas para o Governo Federal graças ao PAC.

A Hyundai vende apenas um modelo no segmento de caminhões, o HD78, e conseguiu crescer 132,4%, porém, poucas unidades foram comercializadas em 2013, portanto, é uma base de comparação fraca (695 vs. 299 HD78). Com apenas duas unidades vendidas a menos em 2014, pode-se dizer que a Agrale empatou com o resultado do ano passado (444 vs. 446 unidades).

A DAF cresceu 786,2%, mas ela começou a vender caminhões no final de 2013 (29 unidades do XF 105), portanto, sem base para comparação. A Shacman também cresceu 50%, mas em unidades, a base é muito pequena, com 34 caminhões vendidos em 2013 e 51 em 2014.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).