Gestão de crise, por Joyce Bessa, diretora administrativa e financeira da TransJordano

Joyce Bessa, diretora administrativa e financeira da TransJordano2
Joyce Bessa, diretora administrativa e financeira da TransJordano

O transporte rodoviário de cargas é o modal mais utilizado no Brasil. São mais de 130 mil empresas e uma frota total de cerca de 1,6 milhão de caminhões responsáveis por transportar 65% de tudo o que circula no país. O setor é o principal meio de abastecimento dos mercados industrial e comercial brasileiros. Quando sofre uma queda, todas as outras cadeias econômicas são afetadas.

Diante da pandemia do novo coronavírus, o setor de transporte de cargas vem sentindo de perto os impactos. Segundo uma pesquisa da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o volume de cargas transportadas em todo o território nacional já teve uma queda de 45,17% desde o início da crise.

Para evitar que as empresas do transporte de cargas sejam tão afetadas em futuras crises, greves ou pandemias, precisamos analisar a importância que um comitê para a gestão de crise teria para essas empresas”.

O comitê de crise tende a ser o setor máximo de discussão quanto aos impactos relacionados às ameaças vinculadas a um determinado setor, empresa ou instituição. O papel do comitê é fazer análises de cenários, buscando e arquitetando os planos estratégicos para prevenir os riscos desses momentos ou mesmo para saná-los caso a crise já esteja instalada.

Nas empresas, o comitê de crise deve ser formado por profissionais específicos de diferentes cargos. Eles devem ter informações de forma abrangente, monitorando os cenários de risco e reportando os demais setores da empresa. Devem definir o que pode e deverá ser mudado, desde um tema estratégico até medidas imediatas com relação a algum assunto que prejudique a imagem ou o bom funcionamento das atividades. O comitê deve ser específico, capaz de analisar três blocos  acionistas, colaboradores e fluxo de caixa , trazendo segurança e protegendo a imagem da empresa e de todo o setor de transporte de cargas.

Esse grupo pode disseminar as boas práticas entre os transportadores e embarcadores, permitindo o compartilhamento de ações eficazes e gerando uma menor perda para o setor. Em épocas de crise, as ações devem ser de fácil implementação e realizadas com rapidez.

Nota: A TransJordano foi uma das transportadoras vencedora do Prêmio Transporte Responsável 2019. 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).