O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, durante o evento “Conjuntura Econômica” promovido recentemente pelo Setcesp, falou para uma plateia de empresários de transportes.

Algumas mensagens passadas por Barros, que também é o CEO da Foton Aumark do Brasil e colunista de veículos como o jornal “Valor Econômico” e rádio “BandNews”, corroboram com o que executivos da Mercedes-Benz, Ford, Scania, DAF e Meritor já disseram baseados em diversos dados da economia brasileira.

Segundo Mendonça de Barros, o Brasil deve ter um PIB de 4% já no terceiro trimestre. Ele está mais otimista do que o governo e analistas de alguns bancos que, até então, preveem PIB 3% para o ano. Ele chamou atenção para o fato de que as famílias estão voltando a consumir e que elas representam 65% da formação do PIB. 

É fato que a maior parte do que a indústria e o agronegócio brasileiro produzem depende do quanto os mais de 200 milhões de brasileiros estão consumindo. E este comportamento no final da cadeia é que gera o serviço de transporte, compras de caminhões etc.

O presidente do Setcesp, Tayguara Helou, ilustrou muito bem, durante esse evento, como ocorrerá, nos próximos meses, o efeito cascada no transporte com a volta do consumo pelas famílias. “Com a população consumindo mais, a indústria, em um segmento momento, começa a produzir mais, o que impacta diretamente no crescimento de transporte de carga fracionada e de carga lotação” explica Helou.

Diante de tudo isso, Mendonça de Barros acredita que o segundo semestre de 2018 será o momento para os empresários arrumarem as margens de lucros. E, alguém ainda tem dúvida que o lucro é fundamentalmente para organizar o investimento para renovação de frota, treinamento e tecnologias? Vamos torcer que todas as expectativas se confirmem e que o Brasil consiga fazer uma boa eleição para que nós consigamos trabalhar com estabilidade e previsibilidade!

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).