Venda de caminhões cai, mas ônibus se destaca em fevereiro

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Em fevereiro, a indústria de caminhões vendeu 7.825 veículos. Isso significa retração de 23,4% quando se compara com o mês de janeiro, cujas vendas somaram 10.215 unidades. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (2), são da Fenabrave. A entidade representa os distribuidores de veículos no país.

Do mesmo modo, a retração ainda aparece quando se compara o mês passado com fevereiro de 2022. Ou seja, queda de 3,53%. No ano passado, o setor vendeu 8.111 unidades.

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Mas, apesar dos resultados, se comparar a soma das vendas deste ano com o ano passado, os números de 2023 são positivos. Em outras palavras, no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano foram vendidos 18.040 caminhões. Assim, resultando no crescimento de 8,56% quando se compara às 16.618 unidades comercializadas no ano passado.

Antecipação de compra 

Venda de caminhões cai, mas ônibus se destaca em fevereiro
Venda de caminhões ainda é positiva

Segundo o presidente da Fenabrave, Maurício Andreta Jr., o movimento de antecipação de compras, por causa da mudança de tecnologia dos motores, exigida pelo Proconve P8, tem provocado volatilidade nos números do segmento.

“Já esperávamos um primeiro trimestre com essas variações. Neste período, os compradores podem optar por veículos adequados às duas regras de emissões”.

Ônibus em plena recuperação

Por outro lado, as vendas de ônibus mostraram resultados positivos. Em fevereiro, a indústria vendeu 2.288 unidades. Crescimento 6,32% maior em relação a janeiro, quando ocorreu a venda de 2.152 ônibus.

Quando se compara o mês a mês, os resultados são ainda mais animadores. Ou seja, em fevereiro do ano passado, as vendas de ônibus fecharam em 1.154 unidades. Dessa forma, este ano o crescimento apresentado foi de 98,3%.

Do mesmo modo ocorre no acumulado. Por ora, nos dois primeiros meses deste ano, o setor comercializou 4.440 ônibus. Resultando no crescimento de 78,46%, em relação a igual período em 2022, que registrou vendas de 2.488 ônibus.

Vale lembrar que o segmento foi um dos mais afetados nos últimos anos. Sobretudo na pandemia. E apesar da base baixa de comparação, Andreta Jr. vê os números como sinais de retomada.

“Essa categoria passou por um período difícil, como as restrições de circulação. Levando as empresas enfrentarem dificuldades. Mas os sinais de uma recuperação consistente já são visíveis. Basta lembrar que a alta acumulada de 2022 foi de 23,4%”, diz.