O Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC) em parceria com o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) identificam as diferenças salariais dentro de mesmas ocupações do setor, variando de acordo com a cidade analisada. A pesquisa evidenciou que a cidade de Jundiaí contou com uma remuneração melhor para o cargo de ajudante de motorista em 2020.

Ainda de acordo com o relatório, a média salarial dos ajudantes de motoristas é de 1.352, 84, sendo superada por Jundiaí, que apresentou o salário médio de R$1.386,15. A cidade de Barueri ficou logo atrás com a média salarial de R$ 1.371,62, enquanto São Paulo marcou R$ 1.368,32. Vale ressaltar que no ano passado foram registradas em média 3.179 contratações para esta ocupação no estado de São Paulo. No entanto, o cargo de motorista de caminhão teve o salário médio mais valorizado em Barueri, sendo de R$ 2.043,36, deixando Jundiaí atrás com R$2.035,79. Novamente, o estudo mostrou que São Paulo obteve em 2020 uma média salarial inferior às duas cidades, registrando R$ 2.026,50.

O relatório produzido pelo IPTC em parceria com o SETCESP analisou mais de 200 cargos e funciona como um importante medidor para as empresas do transporte. “Através do estudo, é possível identificarmos se as ocupações estão sendo valorizadas ou não pelas empresas de acordo com a região”, afirma Fernando Zingler, diretor executivo do IPTC.

Leia a baixo: Tecnologia para segurança da carreta em marcha à ré

Uma ideia que está sendo aplicada na Austrália, segundo a revista CTR News, pode ser uma boa ideia para ser replicada no Brasil com tecnologia para segurança da carreta em marcha à ré.

As fábricas de carretas e empilhadeiras lá na Oceania trabalham 24 horas por dia enquanto seus operadores carregam e descarregam paletes e as carretas entram e saem da área. Nesse trabalho intenso, sem a orientação ou tecnologia apropriada, pode levar a uma colisão acidental

Implemento com sensor de ré
Implemento com sensor de ré

Um novo sistema de segurança está sendo utilizado de acordo com o gerente de negócios de vendas de trailers da Knorr-Bremse Australia – CVS, Gareth Lawless. Trata-se do uso de sensores ultrassônicos montados simetricamente na parte traseira do implemento e quando a marcha à ré é engatada, esses sensores transmitem e recebem sinais ultrassônicos para determinar a distância entre o caminhão e o objeto.

“Quando a distância entre a parte traseira da carreta e uma plataforma reduz a uma faixa predefinida, os freios do implemento são ativados por meio do Sistema de Frenagem Eletrônica de Trailer Knorr-Bremse (TEBS) para desacelerar o movimento do veículo até uma parada completa, fornecendo feedback físico para o motorista ”, diz ele.

“O RDC fornece avisos visuais e sonoros para o motorista durante a marcha à ré. Eles assumem a forma de telas de LED que variam de cor e taxa de flash com base na presença e distância de uma pessoa ou objeto dentro do campo do sensor do trailer. Os visores são idealmente posicionados na extrema esquerda e direita na frente

Abaixo, outras notícias:

Em clima de resistência a uma conjuntura pouco animadora, empresas tradicionais do mercado optaram por espantar a crise, trazendo para a Fenatran 2015 suas novidades. As únicas montadoras presentes, Volvo e DAF, aproveitaram o espaço para lançar novas versões e modelos, como o FH 6×4 com suspensor no segundo eixo motriz, da sueca, e o cavalo-mecânico CF 85 inédito no país, da holandesa. Ambas fazem isso em um momento em que o mercado reflui em mais de 30% e vender é a única saída para se fortalecer.

volvo fh
A indústria de implementos também se faz presente com algumas de suas representantes. A tônica nesse segmento é a evolução para equipamentos mais robustos porém mais leves e seguros. Concorrem nesse filão, soluções de construção que eliminam materiais, sistemas de fixação mais eficientes e que garantem custos operacionais enxutos. Essa é só uma prévia da feira.

O FH 6×4

Volvo vem para a Fenatran de 2015 com novidades e diversos destaques. A primeira atração é o espaço de exposição de 4 mil m², aproveitando a disponibilidade de área devido à ausência de outros tradicionais participantes. E a montadora aproveitou bem essa oportunidade trazendo para a feira, além do lançamento da nova versão 6X4 do FH, mais treze modelos consagrados no mercado, dentre eles versões do FH, FMX, VM e FM, muitos deles lançados em 2014. No âmbito de serviços, o Dynafleet, ferramenta de gestão de transporte da marca, agrega mais funcionalidades, ampliando o escopo de gerenciamento da operação.

A grande novidade é o FH 6X4 com suspensor de eixo ligado, uma solução que o mercado já conhece na versão 6X2, mas que não existia no segundo eixo motriz em uma versão como essa. Ao acionar o sistema, o caminhão se converte automaticamente em um 4X2, iniciativa para redução dos custos operacionais.

Esse recurso é indicado pelo fabricante para trechos em que o caminhão opera com pouca ou nenhuma carga, evitando o desgaste desnecessário de pneus e do conjunto em si. Para a Volvo, o dispositivo permite ao motorista ter dois eixos motrizes quando o caminhão está à plena carga e, na situação inversa, eliminar o arrasto quando vazio. “É uma solução que proporciona melhor capacidade de manobra e mais conforto quando o veículo está com pouca carga ou vazio”, afirma Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas do Grupo Volvo América Latina.

Como vantagem adicional, a tecnologia garante a diminuição do custo operacional para o transportador. “Dirigir com o segundo eixo motriz elevado reduz o raio de giro em até 15%, desgastando menos os pneus e os sistemas de suspensão”, declara Deonir Gasperin, engenheiro de vendas do Grupo Volvo América Latina.

Nas contas da Volvo, o combustível chega a pesar até 50% na planilha de custos do transporte de muitas empresas, então essa novidade vem a calhar. “Com o eixo suspenso é possível poupar até 4% de diesel alterando a configuração de 6X4 para 4X2”, comemora Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil. O executivo afirma que a nova tecnologia tem um grande potencial de vendas no mercado brasileiro. “Atualmente cerca de 50% das vendas da marca são de operações que, em algum momento, o caminhão roda com pouca ou nenhuma carga”. Outra economia relevante é o da praça de pedágio: com menos eixos,  custos menores.

O recurso tem uma operação bem simples. O sistema utiliza um engate de carreta estriado entre eixos, onde o segundo eixo pode ser desengatado e elevado, através de dois botões localizados no painel de instrumentos. Na posição automática, o dispositivo eletrônico impede que o veículo trafegue carregado com o eixo elevado. A elevação é de 14 centímetros em relação ao solo, a mesma altura de um veículo 6X2.

GERENCIADOR DE FROTA

O Dynafleet, ferramenta de gestão de frota da marca, ganha mais funcionalidades. Agora a tecnologia possibilita que o motorista se conecte com sua base, favorecendo a troca de mensagens com sua sede em tempo real, mais a carreta.

Outro destaque é o Driver Coaching, dispositivo que avalia a condução do veículo em tempo real, fornecendo dados sobre o desempenho do motorista, com dicas para reduzir custos, com benefícios para a carreta. Com base nas informações, o frotista pode baixar o consumo, acompanhando online toda a telemetria do veículo, o posicionamento e o consumo de diesel e do Arla 32. É possível também gerar relatórios para acompanhar os parâmetros de desempenho. As informações podem ser vistas através de um PC, laptop, tablet ou mesmo pelo smartphone.

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).