A indústria de ônibus aqueceu nos dois primeiros meses do ano. Produziu em janeiro e fevereiro 3.864 modelos. Isso significa crescimento de 88% na produção quando se compara com igual período em 2023, que registrou 2.057 unidades fabricadas. Os dados são da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea.
Quando se compara fevereiro com janeiro deste ano, a produção de ônibus também foi pujante no mês passado. Ou seja, em fevereiro, mesmo com o feriado prolongado por causa do carnaval, a indústria produziu 2.268 veículos de passageiros. Enquanto que em janeiro foram 1.596 unidades.
Todavia, o salto é ainda maior quando compara fevereiro deste ano com igual mês no ano passado. Ou seja, crescimento de 77,9%. Afinal, no segundo mês de 2023, as fabricantes fizeram 1.275 ônibus.
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Incentivos governamentais e alta nas passagens aéreas
Os bons resultados estão relacionados aos incentivos do governo. Por meio do Programa Caminho da Escola e do PAC Seleções (este, último visa atender projetos prioritários nas áreas da saúde, educação, cidades etc). Assim, ambos vão demandar aquisições de ônibus escolares.
Por meio do Programa Caminho da Escola, a indústria deve fornecer cerca de 13 mil ônibus. Com entregas que começam a partir deste ano, se estendendo até 2025.
Do mesmo modo, por meio do PAC Seleções o governo deve comprar mais 1,5 mil ônibus escolares. Também entregues a diversos municípios do País.
Há ainda boas projeções para o setor de ônibus rodoviários. Com o alto valor das passagens aéreas, sem previsão de redução nos preços, as montadoras estão conseguindo fazer vendas a grandes grupos empresariais. A alta demanda nesse segmento começou ainda a partir do segundo semestre do ano passado. Os frotistas foram às comprar para atender a alta demanda de passageiros nas férias de final de ano e do verão.
Seja como for, para o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas, os fatores mencionados são os principais impulsionadores que irão aquecer a produção de ônibus em 2024. O que significa que o setor deve voltar aos patamares de antes da pandemia.