Mercedes de casa nova

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Oficina conta com 55 boxes, inclusive para bitrem, rodotrem e ônibus articulado

Oficina conta com 55 boxes, inclusive para bitrem, rodotrem e ônibus articulado

Os proprietários de caminhões Mercedes-Benz que têm a BR 116 (no Paraná) dentro de sua rota passam a contar com uma nova concessionária considerada modelo para atendimento. A Savana, que antes ficava dentro da cidade de Curitiba (PR), acaba de ser inaugurada em um terreno de 40 mil m2 na Rodovia Contorno Leste 5.615, em São José dos Pinhais (PR). No mesmo corredor, estão também as autorizadas das marcas Volvo (vizinha), Ford Caminhões, Iveco, DAF, MAN/VW e Scania.

Com 12 mil m2 de área construída, a oficina da nova revenda Mercedes tem capacidade para atender até 1.100 caminhões por mês, o dobro da sede anterior. Para isso, conta com 55 boxes de oficina, quatro valas de 10 m e uma vala de 20 m para manutenção em bitrem, rodotrem e ônibus articulado. Segundo Marcelo Tintin, diretor comercial de veículos comerciais do Grupo Águia Branca (propritário de sete revendas marca), a nova sede foi projetada para ter 30 mecânicos e já conta com 20 trabalhando. “Contamos também com algo inédito, uma vala na recepção para fazer o diagnóstico logo que o caminhão entra da concessionária”, frisou o executivo. A autorizada possui ainda um espaço para descanso de motoristas, com Wi-Fi, lanches, banheiros masculino e feminino com estrutura para banho, além de convênio com hotéis próximos para pernoite, com transporte oferecido pela empresa.

O preço da mão de obra na oficina é de R$ 180 a hora, uma média do valor praticado no Brasil. Regiões com infraestrutura e mão de obra mais caras, como São Paulo e Rio de Janeiro, a hora da mão de obra custa R$ 250. Na outra ponta, em cidades do interior, a hora custa R$ 150. Na Savana, 30% do faturamento vêm do pós-vendas (serviços e vendas de peças) e o restante das vendas de caminhões, chassi de ônibus e Sprinter.

Além de atender as questões ambientais exigidas por lei, o projeto da Savana foi feito de forma que precise o mínimo de iluminação artificial, com ambientes amplos e claros. Por questões de custos, lógico, ela não chega a ser uma concessionária ecológica como a Iveco Mecalf, de Jundiaí (SP), considerada ambientalmente correta até para os padrões mundiais. A Mecalf, além de não usar iluminação artificial, foi projetada com o menor impacto ambiental possível, e chega ao ponto de lavar os caminhões com água aquecida pela energia solar para utilizar o mínimo necessário de produtos químicos. Os pátios à noite também são iluminados com energia solar. Além disso, ela utiliza água da chuva e trata a água para reúso.

Voltando a Savana, a mudança da região central de Curitiba para a BR 116, além de evitar futuros problemas com a restrição da circulação de caminhões dentro da cidade, poderá atender melhor os caminhões da marca que transportam cargas do Sul para outras regiões do país, sendo que grande parte tem São Paulo como destino. “Por meio da renovação ou relocalização dos pontos de vendas e de atendimento, a Mercedes-Benz estimula seus concessionários a atuarem cada vez mais próximos das operações dos clientes”, diz Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da marca. Na região central de Curitiba, 20% dos clientes eram de outras regiões do país. Agora, com a nova localização, a expectativa que esse percentual aumente.

Revenda possui terreno de 40 mil m²
Segundo Riguel Chieppe, diretor geral da divisão comercial do Grupo Água Branca, este é maior grupo empresarial do Espírito Santo. O Águia Branca possui empresas de logística (transporte de cargas e passageiros) e 26 concessionárias de veículos, sendo sete de caminhões Mercedes-Benz, localizadas Cariacica (matriz do grupo), Serra e Linhares (ES), Curitiba e Ponta Grossa (PR) e Joinville (SC) . Na área de transportes, contam com uma frota com mais de mil caminhões e 1.200 ônibus. Ao todo, são 16 mil funcionários, sendo dois mil distribuídos nas concessionárias, a maioria da marca Toyota. A rede de veículos comerciais também comercializa os pneus Michelin. Maior acionista da Azul Linhas Aéreas, o grupo possui faturamento anual de R$ 5 bilhões (sem contar com a Azul), sendo que 40% vêm das concessionárias.

A Mercedes-Benz sempre avalia as suas 200 concessionárias que, por meio de uma pontuação, pode atribuir os títulos Diamante (uma única concessionária ganha este título por ano), Ouro, Prata ou Bronze. A autorizada que detém atualmente o título Diamante é do Grupo Água Branca. 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).