Identificar o nível de sonolência dos motoristas é uma das ações que podem evitar acidentes e salvar vidas nas estradas. Com base nessa ideia, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) desenvolveu um equipamento capaz de medir o nível de sonolência do motorista, com o objetivo de verificar se estão aptos a seguir destino. As informações são da CNT

sonometro prf

Como uma balança, o equipamento funciona com o motorista em pé acima dela, para medir seu equilíbrio e movimentos. As informações coletadas, então, são transmitidas a um computador que identifica o nível de fadiga do motorista.

“Através do desequilíbrio do motorista, a gente sabe há quanto tempo está acordado e se pode ou não continuar dirigindo. A gente faz o cálculo para o risco de acidentes e fadiga. Se a pessoa está há 19 horas acordada, é como se estivesse bêbada para dirigir um carro. Ela perde atenção, reflexo, concentração e tem o processo decisório afetado. Trabalhar mais de 9 horas, o risco para o acidente aumenta; trabalhar mais de 12 horas, o risco duplica; e, mais de 14 horas, o risco triplica. Nós fomos juntando todas essas informações e outras que são importantes para entender o risco da fadiga, e fomos aplicando ao equilíbrio”, explica o professor e responsável pelo projeto, Marco Túlio de Mello.

Há 12 anos em desenvolvimento, o equipamento criado pela universidade começou a ser testado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na última quinta-feira (13), na rodovia Fernão Dias.

sono caminhao

O sono sempre vence

O alerta é do inspetor Aristides Júnior da PRF. Aristides alerta para que os motoristas não ignorem o risco que o sono representa quando se está dirigindo e dá dicas:

  • – Viaje preferencialmente durante o dia, porque a luminosidade ajuda a manter a atenção na estrada;
  • – Evite refeições pesadas durante as viagens;
  • – Não viaje de madrugada se não está habituado a ficar acordado nesse período;
  • – Ao menor sinal de sono, pare em algum lugar seguro para descansar.