Os transportadores seguem comprando mais caminhões este ano. Os emplacamentos acumulados dos sete primeiros meses foram de 38.616 contra 25.990 do mesmo período do ano passado, representando um crescimento de 48,6%.
>>> Pesados no limite
Desde o início do ano os caminhões pesados têm sido os principais pelo crescimento, porém, a falta de capacidade das fabricantes limita o crescimento abaixo dos 90%. De janeiro a julho foram licenciados 17.091 pesados contra 9.127 unidades no período de 2017, representando um crescimento de 87,3%. De cada 10 caminhões compradores, 4,5 são do segmento de pesados, na sua maioria, cavalos mecânicos.
>>> Oportunidades para todas marcas
Com a demanda em alta, crescem mais as marcas que conseguem atender os pedidos dos clientes. Com isso, a DAF acumula crescimento de 145,5%. Em percentual de crescimento, a Iveco vem em seguindo lugar com 128,1%. A Mercedes-Benz segue em terceira em percentual (91,2%). A Volvo, que já trabalha em segundo turno está em quarta em percentual de crescimento (87,6%). A Scania, que exporta 70% da produção em São Bernardo do Campo (SP), está em quinta em crescimento (76,4%). A MAN (incluindo os pesados da marca VW) está em sexta em crescimento (75%). A Ford Caminhões é a única que apresenta resultado negativo (-4,7%).
>>> Por que não crescer?
Volvo e Scania trabalham em dois turnos, mas ainda não arriscam um terceiro turno. As demais marcas, em apenas um turno. Apesar de todo o crescimento, o tombo foi tão grande nos últimos anos, que as montadoras estão cautelosas para ampliar turnos e fazer encomendas aos seus fornecedores de componentes. Estes, também por cautela, precisam de maiores garantias das fabricantes para voltarem a contratarem funcionários.
>>>> Oferta vs. demanda
As fabricantes aproveitam a demanda maior para recuperarem as margens de lucro, pois alegam muitas perdas nos anos anteriores devido a guerra de preços entre as marcas. Uma oferta maior agora poderia prejudicar a recuperação de margens.