Crescimento esperado

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Em 2014, enquanto o mercado total de caminhões sofreu queda de 15%, a Volvo caiu apenas 6,3% em caminhões pesados, repetindo o feito em semipesados; enquanto a categoria teve queda total de 5,6% a Volvo caiu apenas 1%. Mas a boa notícia é que a fabricante de Curitiba (PR) cresceu em participação, conquistando 21,3%, 1,3 pontos percentuais a mais que os 20% de market share registrados em 2013.

Bernardo destacou os modelos da marcaPara Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da Volvo no Brasil, esse resultado positivo em meio a um mercado em queda se deve ao nível de seus produtos, a tecnologia dos caminhões e os serviços oferecidos pela rede. O diretor lembra que a fabricante é a única que apresenta trajetória de crescimento sustentado desde 2008, saindo dos 12,8% de participação de mercado naquele ano para os atuais 21,3%.

Durante o encontro com jornalistas, o sueco Claes Nilsson, que assumiu em janeiro a presidência da Volvo Caminhões, foi indagado sobre os desafios de assumir a presidência da Volvo Brasil em um cenário de baixo crescimento, marcado por corrupção na Petrobras e pela baixa popularidade do governo. Nilsson disse que não era exatamente esse cenário que esperava encontrar, mas que teve experiências desafiadoras em outros países – trabalhou na Rússia, por exemplo – então está acostumado com os altos e baixos de mercado. Ele também disse acreditar no potencial do Brasil e reconhece que terá como desafio se ajustar ao mercado atual. “Mas nossos planos são crescer no mercado, focar na nossa nova linha de produtos e na sustentatibilidade”, explica.

Para 2015, a Volvo acredita que o mercado de caminhões semipesados e pesados deva sofrer uma retração de 21%, caindo para 75 000 unidades ante as 95 000 registradas em 2014. O que para Nilsson continuará sendo um importante mercado e com muitos desafios, entre eles, manter-se na liderança em pesados.

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Vale ressaltar que com a nova família de caminhões, a Volvo se posiciona como a marca dona da linha mais moderna da categoria pesada e com mais tecnologia embarcada entregue de série, portanto, produtos em torno de 20% mais caros. O que para Fedalto não é um impeditivo para repetir o feito e liderar nesse segmento em 2015. “Sempre vendemos caminhões mais modernos, e não tenho dúvidas que o desejo de compra é a nossa marca. E, mesmo a compra sendo racional, o nosso produto, na ponta do lápis, é o mais produtivo, além de parar menos em relação à concorrência”, garante Fedalto.

Fedalto também acredita no aumento de participação do contrato de manutenção. Hoje 24% dos caminhões vendidos já saem com a cobertura; em 2011, apenas 7% tinham o plano.

Para este ano, a Volvo tem a intenção de lançar um seguro para carga. Apesar de os executivos não terem dado mais detalhes, adiantaram que já há um projeto piloto.No que se refere à rede, hoje a Volvo conta com 92 concessionárias, sendo 16 pertencentes á marca. Para este ano, os planos são chegar a 101 casas.

A Volvo Financial Services também encerrou 2014 desembolsando R$ 2,9 bilhões para aquisição de caminhões, ônibus e equipamentos para construção. Os números são 34% superiores em relação ao ano anterior. Por meio da modalidade consórcio o crescimento foi de 14% se comparar a 2013, resultando em 2 400 cotas e registrando  800 milhões em crédito.