Para conhecer o impacto da crise econômica brasileira no setor de transportes, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) realizou a pesquisa Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016. De acordo com ela, 60,1% sentiram a diminuição de receita bruta em 2016, e 58,8% precisaram reduzir o número total de viagens. Para 74,6% dos entrevistados houve aumento do custo operacional.

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48,8% confiam que haverá melhor desempenho da atividade econômica

Para 2017, 47,7% dos empresários esperam obter receita bruta maior e 48,8% confiam que haverá melhor desempenho da atividade econômica. Foram entrevistados 795 transportadores de todo o país, que atuam nos diferentes modais (rodoviário, ferroviário de cargas, metroferroviário, urbano de passageiros por ônibus, aquaviário e aéreo). Foram entrevistados 795 transportadores de todo o país, que atuam nos diferentes modais.

A maioria deles (90,7%) considera que a crise política também os afetou negativamente. Pelo menos 37,4% das empresas do setor reduziram o número de veículos em operação em 2016. Esse cenário refletiu na retenção de mão de obra. De dezembro de 2015 a setembro de 2016, foram demitidos 52.444 trabalhadores no setor.

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90,7% acreditam que seus negócios foram afetados pela crise econômica

A Sondagem mostra também que 49,3% dos empresários acreditam que a retomada do crescimento na economia do país só será percebida em 2018. Para 23,6%, essa percepção ocorrerá em 2017.

“A crise econômica tem causado impacto negativo no setor de transporte. Acreditamos em um novo momento, com esse novo governo, que está fazendo o ajuste fiscal necessário e fortes investimentos em infraestrutura de transporte”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.

Confira a pesquisa com os empresários do setor de transporte rodoviário e frotista de ônibus urbano:

RODOVIÁRIO 

– 77,5% revelam que tiveram aumento do custo operacional em razão da retomada da cobrança da Cide-combustíveis
– Apenas 7,6% da arrecadação da Cide-combustíveis foi convertida em investimentos federais desde 2015
– 45,7% dos empresários do segmento rodoviário de passageiros afirmam que o número de assaltos cresceu
– 48,5% das empresas de transporte rodoviário de cargas registram aumento da quantidade de roubos

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83,5% das empresas tiveram queda no volume de passageiros transportados

URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS

– 83,5% das empresas tiveram queda no volume de passageiros transportados
– 61,5% tiveram queda de receita bruta em 2016
– 83,0% não recebem nenhum tipo de subsídio para operar
– 56,5% dizem não ter faixas exclusivas disponíveis nas cidades onde operam