A AGCO, fabricante e distribuidora de soluções agrícolas, em parceria com o grupo Coopercarga, incorpora veículos movidos a eletricidade e a gás em sua frota de caminhões no Brasil. A empresa acredita que há potencial para reduzir as emissões em 480 toneladas de CO2 por ano. “Estamos priorizando as ações de sustentabilidade e parcerias que causam maior impacto positivo, e de forma mais imediata. Seguimos uma tendência mundial em busca de produtividade e eficiência pelo uso de tecnologia através de equipamentos movidos à energia renovável e como consequência entregamos uma logística inteligente”, explica Rafael Jesus, Gerente de Distribuição e Transportes da AGCO América do Sul.

Os 16 caminhões, oito elétricos JAC iEV1200T e oito Scania R 410 6×2 movidos a gás GNV ou biometano – aproximadamente 20% do total da frota de logística dedicada às operações de inbound da companhia -, serão utilizados para entrega de peças de fornecedores para as fábricas em Mogi das Cruzes-SP, Canoas-RS, Santa Rosa-RS e Ibirubá-RS, além de também entregar peças no Centro de Distribuição de Peças, em Jundiaí-SP.

A meta da companhia é que entre 30% a 40% das operações sejam realizadas por caminhões movidos a eletricidade e gás no médio prazo. “Acompanhamos durante o ano de 2022 os quesitos como adequação de infraestrutura do país, e está sendo preparado um plano consistente de expansão, alinhado com os objetivos da corporação”, afirma Rafael Jesus da AGCO.

AGCO? GNV vs. Biometano

O gás biometano é um tipo de gás purificado a partir do biogás, este produzido a partir de resíduos orgânicos (também conhecido como lixo). Este tipo de gás é produzido a partir de resíduos de diversos tipos de massas orgânicas , como lixões, esterco, resíduos das estações de esgoto, entre outras fontes. O biometano gera uma indústria de reciclagem, sendo uma das fontes de energias mais limpas no momento para substituir os motores movidos por combustíveis fósseis, como os derivados de petróleo.

Os caminhões movidos a gás da Scania são pioneiros no Brasil, considerando a produção em série. Eles também podem funcionar com GNV (Gás Natural Veicular, tipo de gás produzido por fontes fósseis) caso o proprietário não consiga produzir ou acesso a um fornecedor de biometano, ainda raro. A contribuição do GNV para o meio ambiente é um quarto em relação ao biometano e só cerca de 20% em relação ao diesel. 

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Marcos Villela
Jornalista técnico e repórter especial no site e na revista Transporte Mundial. Além de caminhões, é apaixonado por motocicletas e economia! Foi coordenador de comunicação na TV Globo, assessor de imprensa na então Fiat Automóveis, hoje FCA, e editor-adjunto do Caderno de Veículos do Jornal Hoje Em Dia e O Debate, ambos de Belo Horizonte (MG).