Nesta seção de notas sobre o e-commerce, fizemos um resumo das notícias mais recentes.
Dia do Consumidor
A Neotrust, empresa de monitoramento do e-commerce nacional, chama a atenção dos gestores de frotas para o crescimento do comércio on-line. Tendo como parâmetro, o dia 15 de março, como o dia do consumidor, a especialista em análise de dados lembra que o faturamento, em 2022 neste dia, foi de R$ 722 milhões. Este valor foi um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. “É importante fazer um planejamento antecipado para datas que são relevantes do comércio, como o Dia do Consumidor”, comenta Omar Jarouche, CMO da Cobli.
Eletromobilidade na JBS
Grandes empresas do e-commerce, como Raia Drogasil, Mercado Livre, JBS, Carrefour, entre outras, têm impulsionado a renovação da frota de “last mile” de veículos a diesel por modelos movidos a eletricidade. Inicialmente, 31 caminhões com baús frigoríficos, movidos a energia elétrica, foram destinados a atender as operações logísticas de marcas do próprio grupo, como Friboi, Seara e Swift. Atualmente, a frota da No Carbon já conta com mais de 100 veículos elétricos, ainda inferior à da AmBev. Com a locação em alta, este número deve chegar próximo das 300 unidades nos próximos meses.
Escassez de mão de obra
A escassez de mão de obra está entre os grandes desafios enfrentados pelas empresas de logística em todo o mundo, tanto no setor de transporte quanto no de armazenamento. Um dos motivos é a dificuldade de atrair profissionais, principalmente especializados em novas tecnologias, para auxiliar as empresas nos processos de inovação, reforçando o papel estratégico da área de Recursos Humanos no setor.
Essa é uma das conclusões do relatório “Logistics Global HR Trends”, realizado pela Gi Group Holding, a partir de dados públicos da indústria e estimativas de líderes na China, Brasil, Alemanha, Itália, Polônia e Grã-Bretanha.
Os resultados mostram que apenas 26% dos entrevistados acreditam que a logística está entre os melhores setores para se trabalhar, ligeiramente acima de setores como manufatura (23%) e construção (20%). Em contraste, a maioria dos empregados do setor (87%) diz estar satisfeita com seu trabalho, em comparação a 85% dos empregados em outros setores. Analisando os dados apenas do Brasil, o percentual de profissionais satisfeitos é ainda maior: 94%.
“Apesar do reconhecimento de sua importância na economia, evidenciada durante a pandemia de Covid-19, às necessidades, especificidades e desafios da logística ainda são pouco conhecidos pela população, com grande parte da dela compreendendo que o trabalho na área é fisicamente exigente e destina-se apenas à mão de obra não qualificada quando, na realidade, é necessário ter especialização, conhecimentos técnicos e utilizar tecnologia também”, explica Carlos Henrique Martins Tonnus, diretor da Gi Group Holding do Brasil, com base no relatório.
O mercado mundial de logística experimentou crescimento exponencial nos últimos anos, movimentando US$ 8,6 trilhões em 2021. E estima-se que o setor continue em expansão, atingindo US$ 9,9 trilhões em 2024, impulsionado ainda pelo avanço do comércio eletrônico.
Entre 2019 e 2020, as vendas globais do e-commerce cresceram 26,7%, para US$ 4,2 trilhões. Essa tendência de crescimento seguiu em 2021, quando o mercado global de vendas on-line atingiu quase US$ 5 trilhões em vendas. Entre os países analisados, a Itália foi o que mais cresceu em vendas de comércio eletrônico entre 2019 e 2021 (88,6%), seguido pelo Brasil (65,5%), Alemanha (61,3%), Polônia (39,8%), Reino Unido (32,3%) e China (24,6%).